sábado, 7 de novembro de 2009

simples assim (reeditado)

Domingo de sol, decidi ir até a praia para uma caminhada. Saí de casa pensando na conversa que tinha tido (MSN) com um dos meus irmãos, mais cedo. “Precisamos aprender a curtir as coisas simples da vida”, ele disse. Grande verdade, meu irmão. E lá fui eu, debaixo de quilos de protetor solar, atenta à simplicidade da vida. As ruas do meu bairro são arborizadas, muito agradável andar a pé. Chegando à praia, me espantei com a quantidade de gente. Claro, com um domingo assim! E o mar, ah, a cor do mar! Azul. Um azul tão... azul! Sempre me emociono com a cor deste mar (quem é do RS, como eu, sabe do que estou falando). É uma linda visão. Fiquei lá parada, só olhando, tentando absorver a energia do lugar e do momento. E me senti tão feliz que quase chorei. Olhando o azul profundo do mar, lembrei das palavras de Caymmi:

“É doce morrer no mar...” e entendi. E me dei conta, de repente, de que, se morrer no mar pode ser doce, nada na vida pode nos assombrar.

Voltando para casa, já na minha rua, depois da caminhada revigorante, mente e coração tranquilos, “passo lasso” (adoro essa expressão), corpo já pedindo alongamento, dei-me conta do cenário: Sombra, ventinho agradável, aqui ou ali perfume de flores. Privilégio meu? Com certeza, é um privilégio poder usufruir de tanta coisa boa. Mas tudo está ao alcance de todos, a beleza está onde há vida. Talvez num cantinho escondido, ou num gesto, num olhar. É necessário, apenas, olhos de ver. Não é isso mesmo, meu irmão?

Nenhum comentário:

Postar um comentário