meu sono é outro, Álvaro
teu sono mata, não quero isso; eu 'inda espero
quero ver a rapariga da janela e seu amante
ouvir todos os sons, as estridências
desassossego, alumbramento... muito riso
e também quero suspiro, paz candente
minha coxa descansando na mão dele
não quero o mundo dentro, sombra e segredo
antes quero o peito arfante dele
se é pra morrer, que me sufoque em ondas o desejo