Hoje, depois de três dias sem
nenhuma atividade física, nem eu me aguentava mais. Péssimo humor. Então decidi
dar uma caminhada na Lagoa do quintal aqui de casa. Três voltas, uma para cada dia
não “trabalhado”, combinei de mim para comigo.
Antes de concluir o primeiro
quarto da primeira volta percebi o tamanho da encrenca. Eu sou gaúcha desde
criancinha – mas também sou filha de minha mãe. Detesto frio e vento. E era
tanto vento que senti medo de ser derrubada. E o vento era tão frio que minha
alma congelou.
Mas, como gosto de me fingir de
corajosa, decidi cumprir o programado: três voltas. E me fui. Por sorte e
experiência, tinha comigo vários lencinhos de papel – embora eu seja mulher valente, meu nariz é
covarde que só.
Sei que parece exagero, mas
garanto que não é. A situação era esdrúxula, vento muito forte, eu caminhando
contra, medo de ser carregada ou de ser atingida por algum galho de árvore.
Havia poucas pessoas na rua, todas por obrigação. Só eu por louca.
Mas fui lá e fiz.
De volta à segurança do
apartamento, meia hora para alongar o corpo, mais alguns minutos de meditação...
E eis aqui outra mulher: feliz.